De bike pela República Tcheca: entre cidades fantasmas e mergulhos em lagos secretos
O dia ontem foi novamente extenuante! Será que valeu a pena? Pelas belas paisagens que encontramos no caminho, com destaque para um lago secreto no qual o professor Dourival, que viaja comigo, e eu demos um mergulho daqueles beeeeem refrescantes, sim, dá para dizer que o saldo foi positivo.
O problema foi superar os limites do corpo pelo segundo dia consecutivo e sob um sol de, sei lá, quase 40ºC e sensação térmica de 80ºC. Estava calor pra diacho. O pior é que nossos pontos de hidratação (entenda-se pubs, bares, biroscas ou qualquer coisa do tipo) onde planejávamos beber boas águas tchecas (cerveja), estavam todos fechados.
Isso pegou a gente de surpresa. Dos 71 quilômetros percorridos, calculo que ao menos 40 tenham sido por “cidades fantasmas”. Talvez os vilarejos não mereçam essa denominação: nem mesmo almas penadas pareciam dispostas a passear pelas ruas da Bohemia. Que coisa, não?
Também judiou um pouco o caminho percorrido. Se no primeiro dia tivemos dificuldades com trilhas arenosas, ontem enfrentamos diversas subidas. A pior delas, dói no coração falar, foi um esforço desnecessário. Dourival, no comando da navegação, percebeu muito tarde que estávamos indo para a direção errada (ponto negativo para você, professor!).
Mas não há de ser nada. Passada a dor nas pernas, pescoço, mãos, pés e costas, tenho certeza de que as lembranças que vão ficar serão as dos gentis tchecos que nos ofereceram água, maçã e deram a dica do lago secreto. Ou daquele segundo lago em nosso caminho. Esse não tão secreto, mas muito interessante e cheio de gente nadando. É a forma como
o povo daqui resolve dois problemas de uma vez só: o calor e a falta de mar.
E hoje tem mais! 🙂 :-/
Yvan Lima says:
Tsc. Tsc. Tsc. Na Morávia sempre há onde se hidratar! 😀
Henrique Andrade Camargo says:
Caro Yvan,
Nem mesmo os vilarejos da Moravia nos ofereceram refresco. Hehehe
Yvan Lima says:
Deveria bater na porta de alguém. Funciona! 😀 😀