De Praga a Podebrady de bike: alegrias e “tristezas” do cicloturismo
Nossa Senhora Aparecida do Perpétuo Socorro! Por que será que eu me meto nessas coisas? Não basta um passeio de bicicleta ali ao sul de Praga, à beira do Vltava, com suas prainhas e pubs especialmente dedicados aos ciclistas?
Bom, a resposta só pode ser uma só. Eu gostcho! Gosto de me meter em apuros. Lembro de quando decidi correr a maratona de São Paulo. Nunca havia participado de corrida nenhuma na minha vida. Mas decidi, logo de cara, encarar 42 quilômetros pelas ruas de São Paulo. Foi duro. Doeu muito. Doeu tudo. Até o cabelo estava dolorido. Mas no final, a indescritível sensação boa de dever cumprido e de desafios superados.
Ontem, quando chegamos em Podebrady, cidade spa muito lindinha no centro da região da Bohemia, na República Tcheca, a sensação foi parecida. Pedalamos, eu e o meu amigo professor Dourival, quase 70 quilômetros até chegarmos ao camping onde passamos a noite. Estávamos quebrados, mas satisfeitos pelo dia, por termos vencido bem o desafio proposto.
Mas não é hora de celebrarmos ainda. Esse foi apenas o primeiro dia de uma série de quatro. Entre hoje e amanhã, temos mais 180 quilômetros para percorrer. Cansa só de pensar.
Que Deus tenham piedade de nós e a paisagem nos recompense, assim como foi o dia de ontem.